A Justiça Brasileira em Debate
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Atualmente,
muito se fala em mediação. Especialmente no Brasil onde é possível
vislumbrar a sua explosão. Porém, o maior risco é a banalização do termo
que vem sendo utilizado de forma equivocada em muitas ocasiões. Porém,
“fazer mediação” é algo maior do que a definição estreita contida em um
conceito. Mediação é também uma cultura para e pela paz que objetiva
lidar com os conflitos de maneira harmônica e adequada. Assim, empregar o
termo “mediação” é ação cuidadosa cujo objetivo central é achar meios
para responder a um problema real: uma enorme dificuldade de se
comunicar; dificuldade esta paradoxal numa época em que a mídia conhece
um extremo desenvolvimento.
A palavra mediação evoca o significado de centro, de meio, de
equilíbrio, compondo a ideia de um terceiro elemento que se encontra
entre os conflitantes, não sobre, mas entre eles. Evoca a postura
intermediária de alguém que está em “ação”. Essa ação é qualificada pela
facilidade de abrir canais de comunicação inexistentes ou
interrompidos, restituir laços rotos ou melhorar a convivência. Por
isso, a mediação é vista como um processo no qual um terceiro (o
mediador) auxilia os participantes de uma situação conflitiva a
tratá-la, o que se expressa em uma solução aceitável e estruturada de
maneira que permita ser possível a continuidade das relações entre as
pessoas envolvidas no conflito.
Esse movimento é a gestão de conflitos pela catálise de um terceiro
mediante a utilização de técnicas nas quais as pessoas buscam lidar com
seus conflitos com a ajuda do mediador que é imparcial e não tem
poder/legitimidade para decidir.