Avaliação de custo-utilidade como mecanismo de alocação de recursos em saúde
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Estabelecer prioridades em saúde traduz-se em escolhas entre programas
alternativos e/ou entre pacientes ou grupos de pacientes.
Tradicionalmente, os economistas da saúde propuseram a agregação dos
ganhos de saúde, avaliados em QALYs, como forma de estabelecer
prioridades e maximizar o bem-estar social. Isso requer que o valor
social dos ganhos de saúde seja um produto dos ganhos em anos de vida,
qualidade de vida e número de pessoas tratadas. Resultados da revisão de
literatura sugerem que nem os potenciais ganhos de saúde são, por si
só, um determinante significativo de valor nem a regra da maximização
dos ganhos de saúde parece suficiente. O valor social de um ganho de
saúde parece não ser uma função linear dos ganhos de mortalidade e
morbidade, nem parece neutral às características dos doentes ou à
distribuição final de saúde entre a população. Paralelamente à revisão
do debate sobre o papel e limitação dos QALYs para a priorização dos
recursos da saúde, o artigo procura justificar a controvérsia de alguns
resultados empíricos, em particular, no que se refere à formação e
manifestação das preferências sociais.