A escola Inclusiva: da utopia à realidade
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INTRODUÇÃO O ser humano que nos gabamos de ser soube sempre humilhar e ofender aqueles a quem, com triste ironia, continua a chamar seus semelhantes. Inventamos o que não existe na natureza, a crueldade, a tortura o desprezo. Por um uso perverso da razão viemos dividindo a humanidade em categorias irredutíveis entre si, os ricos e os pobres, os senhores e os escravos, os poderosos e os débeis, os sábios e os ignorantes, e em cada uma dessas divisões fizemos novas divisões, de modo a podermos variar e multiplicar à vontade, incessantemente, os motivos para o desprezo, para a humilhação e a ofensa. (JOSÉ SARAMAGO) Certas atitudes e comportamentos conduzem muitas vezes à marginalização de crianças «diferentes» na vida social, familiar e escolar. Os preconceitos e a discriminação de que são alvo e a exclusão a que são votados origina graves prejuízos quer para os próprios, quer para a sociedade e sobretudo para a humanidade. No limiar do século XXI, eis-nos diariamente a testemunhar situações em que a exclusão da pessoa diferente acontece, com alguma passividade. Numa Sociedade Para Todos, cada um de nós é parte integrante dela e a todos assiste o direito de ser incluído. Garantir este direito é um dever colectivo, mas particularmente, dos que intervêm de forma directa na orientação dos destines da sociedade, da educação.